Você
tem satisfação pessoal naquilo que faz, profissionalmente? A resposta,
acredite, pode ser o ponto de partida para a prevenção do excesso de stress.
Nem só de um alto salário ou de benefícios vive um profissional. Os valores da
empresa e se sentir bem em relação ao trabalho que executa faz toda a diferença
para sua saúde física e mental. A constatação não é apenas dos pesquisadores da
ISMA-BR, mas também da maior especialista em burnout do mundo, a professora de
psicologia da Universidade da Califórnia, em Berkeley, Christina Maslach, PhD.
Burnout é um nível devastador de stress, que
pode levar a depressão, além de causar uma exaustão total. Obviamente, quem
sofre de burnout tem não apenas a vida profissional, mas também a pessoal
seriamente afetada. Ela diz que as pessoas precisam se perguntar: “o que faço
em meu trabalho satisfaz minha alma?”
Maslach
cita o exemplo de uma mulher que atuava em uma empresa imobiliária que
devastava áreas verdes para a construção de imóveis. Só que esta mulher tinha
uma filosofia ecológica e de preservação ambiental muito arraigada. Então, por
mais que o salário e as condições de trabalho fossem ótimas existia uma
incompatibilidade ideológica entre aquilo em que ela acreditava e o que
precisava fazer todos os dias. Aos poucos, isso foi minando suas resistências e
ela apresentou problemas de saúde sérios. Era stress demais.
Este
exemplo mostra que nossas crenças - aquilo em que acreditamos - são
extremamente importantes para exercemos qualquer tipo de função. Excesso de
trabalho, carga horária apertada e extensa, cobrança demais. Tudo isso importa,
é claro, mas os valores pessoais e o da empresa contam e podem ter um peso
enorme na atuação e, principalmente, na satisfação profissional de cada um.
Respeitar
aquilo em que se acredita não é idealismo - no mercado atual, é
autopreservação. E isso segue o antigo conceito pregado pelos orientais de que
somos seres holísticos, não compartimentados. Enfim, a prevenção também passa
por identificar e respeitar a filosofia corporativa e fazer com que cada
colaborador se sinta à vontade com isso. Nesta esteira entram, ainda,
investimentos em programas de responsabilidade social, reconhecimento do trabalho que cada um
exerce, feedback que os membros de uma equipe recebem. É uma rede, uma corrente
corporativa do bem.
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