O vício em trabalho ou workaholismo não
consta na CID (Classificação Internacional de Doenças), mas pode fazer com que
a pessoa adoeça e, em casos mais extremos, levar à morte como no caso do estagiário
que faleceu
após uma jornada exaustiva de 72 horas.
Segundo pesquisa realizada em 2011 pela
ISMA (International Stress Management Association), o workaholic (profissional
viciado em trabalho) tem 65% mais chances de desenvolver doenças cardíacas do
que as outras pessoas.
Ana Maria Rossi, doutora em psicologia e
presidente da ISMA-BR, explica que por negligência com a saúde em função do
vício em trabalho, muitos de seus pacientes apresentam taxas altíssimas de
glicose no sangue e registros de pressão alta.
"O estilo de vida do workaholic
fica muito comprometido. Ele se torna sedentário. Come no próprio trabalho
comida altamente gordurosa e pouco nutritiva. E isso leva a doenças",
afirma.
No lado psíquico, um comportamento
doentio observado pela especialista é o da urgência crônica totalmente
injustificada.
"Se uma pessoa está caminhando
devagar na frente do workaholic, ele fica impaciente e dá até cutucão para
mostrar que ali não é lugar para andar devagar. Diante da porta automática, ele
empurra. Na escada rolante, ele quase 'galopa' para ir mais rápido".
Falar sobre o problema é importante
De acordo com a psicóloga, o workaholic
não procura ajuda a menos que manifeste um problema muito sério de saúde, uma
represália por parte da família ou haja o risco de separação matrimonial. [...]
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