A síndrome de burnout é o nível mais alto de
stress, caracterizado por uma exaustão física e mental que não passa depois do
descanso do fim de semana ou nem mesmo após as férias. “O stress é uma
adaptação do organismo ao ambiente, mas o burnout, o nível mais devastador do
stress, já é uma doença, incluída na CID, a Classificação Estatística
Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde”, afirma a psicóloga
clínica Ana Maria Rossi, presidente da ISMA-BR (International Stress Management Association).
Trata-se de uma doença ocupacional, pois está
relacionada ao nível de stress causado pelo trabalho, acumulado por meses ou
anos. Com o transtorno, a pessoa se sente completamente esgotada. O burnout também
impacta a saúde e a qualidade de vida. [...]
Embora a síndrome de burnout seja
popularmente relacionada à carga excessiva de trabalho, o problema está
associado a diversos fatores, que vão desde a falta de recursos para exercer a
atividade a relacionamentos interpessoais difíceis. “A causa não é uma longa
jornada, pois se a pessoa se sentir gratificada ou recompensada pelo trabalho,
ela acaba compensando isso”, diz Ana Maria. [...]
Para evitar o problema, é necessário identificar as
situações que causam stress, mudar o que for possível, manter atividades
gratificantes e cuidar do estilo de vida, ou seja, equilibrar a alimentação e
os períodos de sono, bem como praticar uma atividade física. “Cultive também um
grupo de apoio em que você sinta aceito e querido, seja na igreja, no clube, no
trabalho ou num hobby”, sugere. Vale lembrar que as empresas também precisam
ficar atentas ao problema, prevenindo ou removendo estímulos que aumentam nível
de stress no ambiente.
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