O medo é
uma reação normal, disparada quando alguém se sente ameaçado. “O corpo não
difere se tem uma fera na sua frente ou se o monstro está dentro da cabeça”,
explica o clínico Eduardo Finger, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento do
Salomão Zoppi Diagnósticos, em São Paulo. Durante do perigo, são produzidos
hormônios como a adrenalina e o cortisol, que preparam o organismo para lutar
ou fugir. Passado o susto, o cérebro desliga esse regime de guerra. Como a
violência urbana é uma ameaça crônica, porém, o stress pode se tornar
persistente e causar desgastes. As primeiras queixas são cansaço, queda de libido,
insônia e sensação de estar doente.
Pode haver alterações metabólicas ou imunológicas (já que o cortisol abaixa a resistência), reações alérgicas, gripes prolongadas, palpitação e sintomas gastrointestinais como azia, diarreia e prisão de ventre. Em longo prazo, o stress favorece o entupimento dos vasos sanguíneos, prejudicando órgão como o coração, o cérebro e os rins.
Pode haver alterações metabólicas ou imunológicas (já que o cortisol abaixa a resistência), reações alérgicas, gripes prolongadas, palpitação e sintomas gastrointestinais como azia, diarreia e prisão de ventre. Em longo prazo, o stress favorece o entupimento dos vasos sanguíneos, prejudicando órgão como o coração, o cérebro e os rins.
Tem mais.
Quando exacerbado, o medo pode se transformar em doença, a fobia, ou
desencadear crises de pânico. ”Personalidades ansiosas, que temem
antecipadamente o encontro com uma situação capaz de lhe causar mal, podem se
considerar a próxima vítima- é só uma questão de tempo”, informa Ana Maria
Rossi.
A antecipação percebida como ameaça, afeta 8 a 9% da população e requer
tratamento, pois compromete as atividades normais e as relações sociais,
estimula comportamentos obsessivos ou compulsivos, como ir a cada cinco minutos
até a porta para checar se está trancada, e causa sofrimento psíquico.
A
técnica mais utilizada pelos psicólogos para tratar o medo chama-se
dessensibilização sistemática. Com ela, se constrói uma escala de leve
ansiedade até o pavor, que é o excesso de medo, e a pessoa é encorajada a
enfrentar cada obstáculo.
Fonte:
Revista Women’s Health, agosto 2013.
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