quarta-feira, 16 de abril de 2014

25% das empresas querem reduzir gastos com saúde

Investir em ações de promoção e prevenção de saúde de funcionários trazem resultados importantes, segundo 70% das empresas consultadas pela Associação Paulista de Recursos Humanos e Gestores de Pessoas (AAPSA) em junho. Apesar disso, 25% delas pretendem reduzir os gastos com benefícios ligados à saúde e 47% sequer medem os resultados obtidos com as iniciativas.
O problema, de acordo com Milva Góis, diretora do grupo de saúde corporativa da AAPSA, está no fato de que o foco de boa parte das políticas de saúde corporativas é o tratamento de doenças em vez da promoção da saúde.
“O benefício saúde é hoje o segundo maior gasto das companhias, perde apenas para a folha de pagamento”, afirma. “Mas um aumento de custos não significa melhor cuidado com as pessoas".
De acordo com a pesquisa, boa parte das empresas pesquisadas (32%) promovem ações genéricas pontuais de conscientização, como palestras e semanas da saúde. Outras 18% têm programas para sedentarismo e tabagismo, 16% aplicam questionário sobre saúde e estilo de vida. Apenas 13% delas desenvolvem programas específicos de acordo com o grau de risco à saúde. Outras 13% não fazem nenhum tipo de ação.
O caminho para reduzir os gastos, segundo Milva, é exatamente trabalhar com a prevenção. E 77% das empresas já sabem disso, de acordo com o levantamento. Mas, para a diretora, a dificuldade em mensurar essas iniciativas reflete uma questão ainda mais ampla, que é a confusão entre um programa efetivo e ações isoladas.
"Você só consegue um resultado efetivo, quando conhece a carteira do estado de saúde de todos os colaboradores e aplica atividades específicas para cada problema", diz Milva. Mas ela lembra: “Mapeamento também não traz resultados, ele é só o diagnóstico”.
Ainda segundo o levantamento, apenas 36% das companhias têm ambulatório interno para o atendimento de seus funcionários.
Além disso, 65% das empresas optam por oferecer planos de saúde contributário -- quando há contrapartida paga pelo funcionário, descontada na folha de pagamento. Este é outro ponto que dificulta o corte de custos com benefício para a empresa, de acordo com Milva.

Fonte: Exame - Negócios

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