Se você sofre de stress,
a culpa pode ser da sua mãe ou, mais especificamente, do que ela comeu durante
a gravidez. É o que diz uma pesquisa publicada no periódico Faseb, da
Federação das Sociedades Americanas para Biologia Experimental. O estudo mostra
que a ingestão de alimentos que contém colina – substância presente na lecitina
de soja, bife de fígado ou gema de ovo, por exemplo – durante a gravidez afeta
o modo como o filho vai reagir ao stress durante toda a vida.
A colina ativa as marcas epigênicas
ligadas aos níveis de cortisol, mantendo-o baixo. No organismo, altas taxas de
cortisol estão relacionadas a diversas desordens, desde problemas mentais, até
metabólicos e cardiovasculares.
Para chegar a este dado, os
pesquisadores acompanharam o terceiro trimestre de gravidez de um grupo de
mulheres submetidas a uma dieta repleta de alimentos que continham colina.
Metade ingeriu a quantidade recomendada da substância, ou seja, 480 mg ao dia.
A outra metade ingeriu quase o dobro da quantidade sugerida: 930 mg ao dia.
Para acompanhar o que acontecia no
corpo das mães e dos bebês, eles coletaram sangue materno, sangue do cordão
umbilical e da placenta. O objetivo era mensurar o nível de cortisol e a
quantidade de genes que expressam o controle do cortisol. A conclusão foi que
aqueles cujas mães consumiram grandes quantidades de colina mostraram níveis
reduzidos de cortisol. “Esperamos que nosso dado contribua para o aumento da
recomendação de ingestão de colina durante a gravidez, para reduzir o risco de
doenças relacionadas ao stress durante a vida da criança”, disse Marie A.
Caudill, pesquisadora da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos.
Fonte:
Revista Veja
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