Mulheres
que trabalham em ambientes muito estressantes, em comparação com quem sofre
menos stress no emprego, têm um risco maior de passarem por uma cirurgia
cardíaca, de sofrerem algum evento cardiovascular, como um infarto ou um
derrame cerebral, ou então de morrerem em decorrência de um problema como esse.
Essa é a conclusão de um estudo feito no Hospital Brigham and Women, da
Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. De acordo com a pesquisa, no
periódico PLoS One, porém, a insegurança em relação ao emprego não afeta
essas chances.
Os
pesquisadores consideraram um trabalho muito estressante como aquele cujas
tarefas demandam muito das mulheres — ou seja, as fazem produzir o tempo todo
com prazos difíceis de serem cumpridos e as deixam sempre em estado de tensão.
Segundo os resultados, em relação a mulheres cujo emprego era menos estressante,
aquelas que sofriam mais stress no trabalho tiveram um risco 40% maior de terem
qualquer problema decorrente de uma doença cardiovascular (ataque cardíaco,
AVC, cirurgia ou morte) e aproximadamente 70% mais chances de sofrerem um
infarto não fatal.
Ao
calcularem a relação entre stress no trabalho e esses eventos cardíacos, os
pesquisadores também levaram em consideração outros fatores de risco, como
idade, estilo de vida e hábitos alimentares.
“Nossos
resultados sugerem a necessidade de cuidados especiais de saúde a pessoas que
sofrem maior tensão no trabalho e que, portanto, podem ter um maior risco de
eventos cardiovasculares”, diz a coordenadora da pesquisa, Michelle Albert.
Fonte:
Revista Veja
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