Às vezes você se
sente perdido em meio a tanto bombardeio de informações? Também, não é para menos.
Estima-se que, de uma década para cá, a humanidade gera, em apenas um ano,
milhares de vezes mais informação do que todas as civilizações que já existiram
sobre a Terra.
E, apesar desse
crescimento vertiginoso da tecnologia que nos mantém cada vez mais conectados,
nossa capacidade de lidar com tudo isso permanece a mesma. Um termo criado
recentemente pelo arquiteto e designer gráfico norte-americano Richard Saul
Wurman resume tudo isso: ansiedade de informação.
“Temos idêntica
composição genética e estrutura cerebral dos nossos tataravôs, ou seja, há um
limite humano para absorver e lidar com esse fluxo todo”, salienta Roberto
Cardoso, médico graduado pela Universidade de Brasília, doutor em Ciências pela
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), coordenador do programa de
Medicina Comportamental do Femme – Laboratório da Mulher e autor do livro
"Medicina e Meditação", MG Editores..
A consequência
mais imediata dessa realidade, ele explica, é o estresse, seguido do déficit de
atenção do adulto, em que há uma tendência genética para o funcionamento
irregular de uma área do cérebro chamada região pré-frontal. A partir daí, o
indivíduo estaria sujeito a esquecer as coisas com frequência, distrair-se com
facilidade, não conseguir ficar com o corpo parado, ter dificuldades em prestar
atenção ao que o outro fala.
“Quando a
síndrome tem relação com o trabalho, alguns estudiosos já falam em déficit de
atenção organizacional.” Há até termos para definir o quadro e as vítimas:
bulimia ou obesidade informacional de cybercondríacos ou dataholics.
Fonte:
Site UOL Bem-Estar
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