quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Estresse faz o tempo passar mais devagar

 A noite de sexta-feira sempre demora uma eternidade para chegar. Mas sábado e domingo passam voando. Isso não é mais papo de bar, é fato comprovado pela ciência. E a culpa é do seu estado emocional.
A comprovação veio com a ajuda de dois macacos, treinados por pesquisadores da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos. Durante três meses, os animais aprenderam a mover os olhos de um ponto a outro numa velocidade que deveria durar um segundo. Não havia nenhuma pista externa para ajudá-los a medir o tempo. E nem sempre eles conseguiam ser exatos nos cálculos: em média, levavam de 0,0973 segundo até 1,003 segundo para mover os olhos.
Enquanto os macacos faziam os exercícios, os cientistas mediam, com a ajuda de eletrodos, a atividade cerebral de 100 neurônios – associados ao movimento dos olhos. De um movimento ao outro, as atividades desses neurônios diminuem um pouco. E essa queda é responsável pela noção de tempo dos macacos. Se, durante o teste, houver uma rápida diminuição dessas atividades, os macacos vão subestimar a duração de um segundo – ele parece menor, aí demoram mais tempo para mexer os olhos de um ponto ao outro. Mas se essa região cerebral demorar um pouco mais para diminuir o ritmo, o tempo vai parecer mais longo – aí eles vão levar mais de um segundo para concluir a tarefa.
Eles viam o tempo de forma diferente por causa do estresse. Segundo a pesquisa, substâncias como a adrenalina podem comprometer o ritmo das atividades cerebrais.
 

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