quarta-feira, 31 de agosto de 2022

Empresas testam semana de trabalho de quatro dias

Em todo o mundo, empresas e governos vêm realizando testes de semanas de trabalho de quatro dias, sem redução na remuneração. O objetivo dessas iniciativas é testar se o novo formato pode ser vantajoso para colaboradores e organizações, trazendo maior produtividade e reduzindo o stress das equipes.

A multiplicação dessas iniciativas vem sendo tema de reportagens na imprensa nos últimos meses. Em julho, o portal G1 abordou a questão em uma reportagem assinada pela jornalista Marta Cavallini. O texto destaca o exemplo da empresa de produtos pet Zee.Doc, que implantou o formato em março de 2020 nas suas unidades no Brasil, na Espanha e na China.

O texto traz o depoimento da gerente de design da empresa, Marcela Rockenbach, que relata um aumento de seu rendimento no trabalho: "houve um ganho muito grande na produtividade, e a gente aprendeu a ser mais objetivo e rápido nas reuniões".

A companhia batizou a semana reduzida de #NoWorkWednesday, em que os funcionários tiram as quartas-feiras de folga. Dessa forma, cada funcionário deve se organizar nos 4 dias de jornada para entregar suas tarefas.

Ainda de acordo com a matéria do G1, uma pesquisa feita com os funcionários da empresa mostrou que 100% dos colaboradores ficaram satisfeitos e entregaram as tarefas dentro dos prazos.

Testes com a semana de 4 dias também foram bem sucedidos na Islândia, segundo matéria da BBC reproduzida no portal G1 no mês de julho. No país, o sistema foi alvo de estudos entre 2015 e 2019. Na ocasião, pesquisadores identificaram que a produtividade permaneceu a mesma ou melhorou na maioria dos locais de trabalho.

Conforme matéria, os trabalhadores relataram se sentir menos estressados ​​ou com menor risco de esgotamento. Ainda acrescentaram que sua saúde e o equilíbrio entre vida profissional e familiar melhoraram.

Na Nova Zelândia, pelo menos duas empresas implantaram testes semelhantes. Uma delas é a empresa de serviços financeiros Perpetual Guardian, que adotou o formato em 2018, sem reduzir salários. Na companhia, foram identificados resultados como a redução de 7% no stress e 5% de aumento na satisfação geral com o trabalho.

Já o Reino Unido iniciou em junho deste ano um dos maiores testes já feitos no mundo, envolvendo 3,3 mil trabalhadores de 70 organizações. A iniciativa foi tema de reportagens veiculadas em agosto na CNN e no jornal The Guardian. Os textos relatam que os trabalhadores já contam que se sentem mais felizes e mais saudáveis, além de estarem fazendo melhor suas funções.

O programa iniciado em junho deve se estender por seis meses. Os resultados estão sendo monitorados por pesquisadores das universidades de Oxford e de Cambridge, no Reino Unido, além do Boston College, nos Estados Unidos.

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