sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Retorno ao trabalho presencial exige cuidados com a saúde mental

A redução nos números de casos de Covid-19 e o avanço da vacinação vêm levando muitas empresas brasileiras a retomar, de maneira integral ou parcial, o trabalho presencial em suas unidades. Esse processo, depois de vários meses de home office, exige de organizações e trabalhadores cuidados com a saúde mental, gerenciando o stress provocado pela nova mudança de rotina.

A atenção na retomada do modelo tradicional de trabalho se justifica. Afinal, são inúmeras as adaptações na vida de colaboradores que já tinham se habituado ao home office. O retorno envolve cumprimento de horário, convívio com equipe, alimentação fora de casa,  trânsito e distanciamento dos familiares. Além disso, a possibilidade de se expor ao coronavírus também é um agravante dessa transição. 


É uma combinação de fatores que pode levar muitas pessoas a sentir as emoções de forma mais intensa, causando stress, ansiedade e angústia, segundo a presidente da International Stress Management Association no Brasil (ISMA-BR), Ana Maria Rossi. Para ela, uma boa alternativa é a implantação por etapas do modelo presencial. “Havendo possibilidade, o modelo híbrido de trabalho proporciona tempo para a adaptação de forma gradual”, observa Ana Maria.


Caso uma escala de trabalho intercalada não seja possível, Ana Maria Rossi afirma que os trabalhadores devem buscar retomar suas rotinas ainda antes da data do retorno presencial para minimizar o impacto. "É importante desenvolver estratégias para lidar com a situação e priorizar seu bem-estar”, diz Ana Maria.


Outro ponto importante no retorno ao trabalho presencial é a maneira como a empresa comunica a decisão aos seus colaboradores. É fundamental que as organizações esclareçam as dúvidas dos profissionais sobre eventuais riscos que estarão expostos no trabalho, indicando, por exemplo, se a vacina será obrigatória e quais adaptações serão feitas no ambiente físico. “Também, considerando que alguns profissionais estarão emocionalmente fragilizados, os gestores devem demonstrar empatia, respeitar os limites de cada funcionário e estarem atentos para identificar sinais de transtorno, oferecendo assistência própria ou terceirizada para acolher a equipe”, completa Ana Maria.

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